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Notícias AIRV | Novembro 2024
Artigo de Opinião
Por: João Rebelo Cotta – Presidente da Direção da AIRV
A AIRV, 42 anos de prática de serviço público e missão cumprida.
A AIRV – Associação Empresarial da Região de Viseu completou no dia, 22 de outubro de 2024, 42 anos de existência, dedicados a servir a região Centro e em particular a região de Viseu. A AIRV tem sido uma voz importante da Região, sempre com o tom necessário, sem procurar o ruído ou protagonismos desnecessários.
Desde a preservação das competências do IPV – Instituto Politécnico de Viseu, à requalificação do IP3, ao apoio a centenas de empresas após os incêndios de 2017, à proteção dos direitos fiscais das empresas, são inúmeras as situações em que a AIRV teve o papel adequado ao contexto.
No início deste século, a AIRV criou a primeira incubadora de empresas da Zona Centro. Sem qualquer apoio público, a incubadora prosperou e hoje temos cerca de 30 empresas incubadas. Por lá passaram outras várias dezenas de empresas, a maioria das quais cresceram e voaram. São centenas de postos de trabalho e muita riqueza gerada por estas empresas, que encontraram na nossa associação o ninho para nascer e crescer.
A AIRV orgulha-se de ser o principal mecenas do Banco Alimentar de Viseu, cedendo desde 2009 gratuitamente as instalações a esta Instituição. Colaboramos com outras instituições de cariz social da região de Viseu, para o bem-estar de todos.
A AIRV é uma voz respeitada pelo poder autárquico, parceiros em diversos projetos das Câmaras Municipais da região e da CIM Viseu Dão Lafões, que promoveram o empreendedorismo, a fixação das empresas, o talento e o desenvolvimento económico. Somos promotores ativos das políticas publicas do Governo Central, que promovam o desenvolvimento territorial.
A AIRV tem uma excelente relação de cooperação com as outras associações empresariais da região de Viseu e do Centro de Portugal. Somos membros ativos do CEC- Conselho Empresarial do Centro/Câmara do Comércio, do qual fazem parte 40 associações empresariais e que é a voz das empresas desta região.
A AIRV participa e colabora com diversas outras entidades da região de Viseu, públicas ou privadas, sempre com equilíbrio, rigor, transparência e com uma reconhecida independência e equidistância partidária. Referimos com particular destaque a relação que temos com o ensino da região e em particular o ensino superior. A AIRV sempre defendeu por exemplo o reforço de competências do IPV, como por exemplo a sua capacidade recente para conferir doutoramentos em áreas fortes do seu conhecimento.
A AIRV tem tido o privilégio de atrair centenas de empresas de todos os setores como nossos associados e parceiros, e a capacidade de constituir órgãos sociais que têm realizado as suas funções de forma profissional e dedicada.
A AIRV tem uma situação económica e financeira equilibrada, com uma gestão rigorosa e um enorme empenho de uma excelente equipa de colaboradores. Os indicadores de desempenho colocam a AIRV no topo das associações empresariais regionais.
Foram muitos anos de atividade eficaz, a maior parte das vezes discreta, mas sempre leal e com o necessário destaque que as situações mereciam. Foram tantas as situações em que a intervenção da AIRV foi importante para a região, que estamos seguros de poder dizer que tem sido uma missão cumprida.
A AIRV agradece à Região de Viseu as oportunidades e o reconhecimento nestes 42 anos passados. Existimos para servir-vos e assim continuará!
João Rebelo Cotta
Presidente da Direção
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Conflito de Gerações nas Empresas: Um Desafio ou uma Oportunidade?
Por: Rita Silva – Diretora de Recursos Humanos | Purem Tondela, Unipessoal Lda
A diversidade geracional no ambiente corporativo é um tema relevante e atual em Portugal. Hoje em dia, as empresas enfrentam o desafio interessante e, por vezes complicado, de integrar quatro gerações distintas: Baby Boomers, (nascidos entre 1946 e 1964), Geração X (1965 a 1980), Millennials ou Geração Y, (1981 a 1996) e Geração Z (1997 a 2012). Cada uma delas traz consigo diferentes valores, formas de trabalhar e expectativas, criando um potencial para conflitos, mas acima de tudo, uma enorme oportunidade para o crescimento e inovação organizacional.
A coexistência destas gerações pode, de facto, ser transformadora para as empresas. Misturar experiência, com “ideias frescas”, faz com que a inovação floresça. Os Baby Boomers, por exemplo, trazem consigo inteligência emocional e uma lealdade sólida ao trabalho. São conhecidos pelo compromisso e responsabilidade, qualidades que ajudam a manter a estabilidade. A Geração X é mais orientada para a eficiência, ajudando a integrar processos tecnológicos de forma eficaz. Já os Millennials destacam-se pelo espírito criativo e pela preocupação com a responsabilidade social, enquanto a Geração Z, que se sente perfeitamente em casa com a tecnologia, é ágil e cheia de energia, ideal para o ritmo dinâmico do mercado atual.
Investir nesta diversidade geracional traz benefícios enormes, tanto económicos, como culturais. Empresas que conseguem criar ambientes onde todas as gerações se sintam ouvidas e respeitadas têm uma maior capacidade de superar desafios e promover inovação. Diversidade de perspetivas leva a soluções criativas e a tomadas de decisão mais eficazes.
No entanto, “nem tudo são rosas”. O conflito entre gerações ainda é uma realidade. As diferenças são evidentes: a forma como cada geração usa a tecnologia, a importância dada ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional, assim como os diferentes estilos de comunicação e liderança, são causas frequentes de desentendimentos. As gerações mais velhas tendem a valorizar as interações diretas e horários fixos, enquanto que as mais novas, preferem a flexibilidade e a comunicação digital. Tais diferenças podem ser mal geridas, levar a ruídos de comunicação e à diminuição da motivação e produtividade. E há também a questão da discriminação baseada na idade, que afeta tanto os jovens quanto os mais velhos, criando barreiras à verdadeira inclusão. Por exemplo, há empresas que consideram os mais novos como menos comprometidos ou responsáveis. Mas será isso justo? Muitos jovens provam realmente o contrário: quando são precisos, estão lá, dão tudo de si e muitas vezes, em troca de nada. Vejamos o exemplo recente dos jovens voluntários, que se mobilizaram para ajudar na catástrofe em Valência. Será que estas novas gerações são mesmo assim tão descomprometidas e desligadas de tudo, ou apenas priorizam outros valores diferentes dos formalmente admitidos nas organizações?
Por outro lado, os mais velhos também enfrentam estereótipos: são chamados de “resistentes à mudança” ou “estagnados”, mas quando se veem desafiados fora da sua zona de conforto, muitas vezes surpreendem. Já vimos casos em que, com algum incentivo, profissionais mais velhos mostram uma energia renovada, vão atrás, vencem e são mais produtivos e competentes do que nunca.
Para ultrapassar esses desafios, as empresas precisam de criar uma cultura de comunicação aberta, onde a diversidade seja valorizada. É importante criar espaços onde as gerações possam trocar experiências com transparência, respeito e sem julgamentos. A definição de valores e objetivos corporativos claros, que ressoem com todas as gerações, vai facilitar a colaboração e reduzir os conflitos. Formações intergeracionais e eventos que promovam o networking, ajudam a quebrar barreiras e a transformar oportunidades em aprendizagens mútuas.
Não precisamos ver as diferenças entre gerações como um obstáculo. Empresas que promovem ambientes inclusivos têm uma vantagem competitiva clara. Quando investem em estratégias para unir as gerações, a produtividade aumenta e o ambiente de trabalho torna-se mais motivador e resiliente. Acredito que, com diálogo, respeito e uma verdadeira apreciação pelas diferenças, é possível criar uma força de trabalho mais forte e coesa. O desafio é real, mas a oportunidade de crescer a partir dele é ainda maior!
Rita Silva
Diretora de Recursos Humanos | Purem Tondela, Unipessoal Lda
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Incêndios Ocorridos em Setembro de 2024 – Medidas de Apoio
A partir do dia 15 de setembro deflagraram vários incêndios que afetaram as zonas norte e centro do País, decorrendo dos mesmos consequências graves para as pessoas, para a atividade económica, para os territórios e para as florestas.
Esta situação levou à tomada de medidas de apoio consignadas em vários diplomas legais, que aqui vamos reunir de forma a dar uma informação integrada e de mais fácil apreensão.
O Decreto-Lei 59-A/2024, de 27 de setembro, que produz efeitos a partir de 15 de setembro, veio determinar:
- O âmbito de aplicação das medidas de apoio e, que são as freguesias fixadas na Resolução do Conselho de Ministros nº 130-A/2024, de 27 de setembro.
No distrito de Viseu estão abrangidas os seguintes Concelhos e Freguesias:
DISTRITO DE VISEU | Concelho de Carregal do Sal: Freguesias de Oliveira do Conde; Carregal do Sal; Cabanas de Viriato e Parada. Concelho de Castro Daire: Freguesias de Mões, União das freguesias de Mamouros, Alva e Ribolhos; Pepim; União das Freguesias de Parada de Ester e Ester; União das Freguesias de Reriz e Gafanhão; Moledo, Cabril, Pinheiro de Castro Daire. Concelho de Cinfães: Freguesias de Ferreiros de Tendais; Oliveira do Douro; Tendais; Cinfães; São Cristóvão de Nogueira; União das Freguesias de Alhões, Bustelo, Gralheira e Ramires e Nespereira. Concelho de Lamego: Freguesias de Avões, Penajóia, Penude e União das Freguesias de Bigorne, Magueija e Pretarouca. Concelho de Mangualde: Freguesias de Freixiosa; União das Freguesias de Santiago de Cassurrães e Póvoa de Cervães; Quintela de Azurara; Espinho; União das Freguesias de Mangualde, Mesquitela e Cunha Alta; Cunha Baixa; Abrunhosa-A-Velha e União das Freguesias de Tavares (Chãs, Várzea e Travanca). Concelho de Nelas: Freguesias de Lapa do Lobo; Nelas, Canas de Senhorim e Senhorim. Concelho de Penalva do Castelo: Freguesias de Esmolfe; Castelo de Penalva; União das Freguesias de Vila Cova/Mareco; Lusinde; Ínsua; Real; Trancozelos; Sezures, Pindo e União das Freguesias de Antas e Matela. Concelho de Resende: Freguesias de São Martinho de Mouros; Paus; São Cipriano; Barrô; Cárquere; União das Freguesias de Freigil e Miomães; União das Freguesias de Anreade e São Romão de Aregos; União das Freguesias de Felgueiras e Feirão e União das Freguesias de Ovadas e Panchorra. Concelho de São João da Pesqueira: Freguesias de Riodades e Paredes da Beira. Concelho de São Pedro do Sul: União das Freguesias de São Martinho das Moitas e Covas do Rio; Pindelo dos Milagres; Sul; Figueiredo de Alva; Pinho; Vila Maior e União das Freguesias de Carvalhais e Candal. Concelho de Satão: Freguesias de Rio de Moinhos; Silvã de Cima; São Miguel de Vila Boa e União das Freguesias de Romãs, Decermilo e Vila Longa. Concelho de Tarouca: União das Freguesias de Granja e Vila Chã da Beira. Concelho de Vila Nova de Paiva: Freguesias de Pendilhe e Cova à Coelheira. |
- A materialização das medidas, que se dividem pelas seguintes áreas temáticas:
Nesta área foram criadas as seguintes medidas:
a) Apoios às famílias em situação de carência ou perda de rendimento
Este apoio foi regulamentado pela Portaria 284/2024/1, de 04 de novembro, que AQUI pode consultar.
Este apoio foi regulamentado pela Portaria 284/2024/1, de 04 de novembro, que AQUI pode consultar.
- Isenção total de contribuições para a segurança social, durante um período de 6 meses prorrogável até ao máximo de igual período, para as empresas e trabalhadores independentes, cuja atividade tenha sido diretamente afetada pelos incêndios, referente às remunerações de outubro de 2024 a março de 2025, incluindo os subsídios de férias e de Natal.
Têm direito a esta isenção os empregadores privados enquadrados no regime geral da segurança social e os trabalhadores independentes, que por motivo diretamente causado pelos incêndios ocorridos nas freguesias acima identificadas, tenham ficado com a sua capacidade produtiva reduzida, devido à perda de instalações, terrenos, veículos ou instrumentos de trabalho.
Têm também direito os membros da gerência ou administração das empresas que estejam em igual situação.
O prazo para requerimento deste apoio é de 30 dias após a entrada em vigor da Portaria acima referida, ou seja, após o dia 05-11-2024. - Isenção parcial de 50% da taxa contributiva a cargo do empregador durante um período de 3 anos para as empresas que contratem trabalhadores em situação de desemprego diretamente causado pelos incêndios.
Esta isenção aplica-se às empresa (entidades privadas) enquadradas no regime geral da segurança social.
Para este efeito são consideradas as contratações efetuadas no período de 3 anos a contar de 15 de setembro de 2024.
O prazo para requerimento deste apoio é de 15 dias após o inicio da produção de efeitos do contrato de trabalho, ou 15 dias após a entrada em vigor da portaria (05-11-2024), nas situações em que o contrato tenha data anterior.
Este apoio foi regulamentado pela Portaria 284/2024/1, de 04 de novembro, que AQUI pode consultar.
e) Reforço de técnicos de ação social e do Instituto de Segurança Social
f) Financiamento de equipamentos sociais situados nos territórios abrangidos
Sempre que o trabalhador esteja impedido de exercer quaisquer funções, durante a totalidade ou parte do período normal de trabalho, por razões imputadas aos danos causados pelos incêndios, deve ser enquadrado no Plano de Qualificação e Formação Extraordinário, abaixo referido. Neste caso, o empregador pode beneficiar de um apoio complementar ao suprarreferido, que assegurar despesas de transporte e de alimentação dos trabalhadores.
O pedido de apoio é feito presencialmente ou através de correio eletrónico no IEFP localizado numa das freguesias acima mencionadas.
Esta medida foi regulada pela Portaria 284/2024/1, de 04 de novembro.
PLANO DE QUALIFICAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL EXTRAORDINÁRIO
A comprovação da situação de crise empresarial é feita através de requerimento do empregador dirigido ao IEFP e, deve indicar os seguintes elementos: Fundamentos económicos, financeiros ou técnicos da medida a implementar; Quadro de pessoal discriminado por secções; Critérios para seleção dos trabalhadores a abranger e nº e categoriais profissionais destes trabalhadores.
Foram criadas as seguintes linhas e sistemas de apoios às empresas:
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Protocolos com Municípios
Algumas Câmaras Municipais da Região que têm protocolo com a AIRV, através do seu Gabinete de Apoio ao Investidor e Empreendedor, disponibilizam aos Munícipes, diversos serviços relacionados com o investimento e desenvolvimento económico no concelho. Alguns dos serviços disponíveis são:
Informativos:
• Incentivos ao investimento no concelho: são disponibilizadas informações sobre os incentivos fiscais, financeiros e outros disponíveis para empresas que pretendam investir no concelho.
• Locais adequados para a instalação das atividades económicas: são identificados e divulgados os locais mais adequados para a instalação de empresas, tendo em conta as necessidades e características de cada atividade.
• Legislação de enquadramento das atividades económicas: são disponibilizadas informações sobre a legislação aplicável às atividades económicas, facilitando o cumprimento das obrigações legais por parte das empresas.
Assistência técnica:
• Criação de novas empresas: é prestado apoio na criação de novas empresas, desde a elaboração do plano de negócios até à constituição legal da empresa.
• Processos de licenciamento industrial: é prestado apoio na obtenção dos licenciamentos necessários para o exercício de atividades industriais.
• Resolução de problemas decorrentes do exercício de atividades económicas: são prestados esclarecimentos e apoio na resolução de problemas que possam surgir no decorrer do exercício de atividades económicas.
• Procura de parceiros e promoção de encontros empresariais: são promovidos encontros e eventos empresariais com o objetivo de facilitar a procura de parceiros de negócio e promover a troca de experiências entre empresas.
• Iniciativas de expansão das empresas sediadas no concelho: são promovidas iniciativas e apoios para a expansão das empresas já sediadas no concelho.
• Processos de intenção e concretização de investimentos no concelho: é prestado apoio na identificação de oportunidades de investimento e na concretização dos mesmos no concelho.
Estes são apenas alguns dos serviços disponíveis através dos protocolos celebrados entre as Câmaras Municipais e a AIRV – Associação Empresarial da Região de Viseu.
Os Munícipes interessados em obter mais informações, ou usufruir destes serviços gratuitos, devem entrar em contacto tendo em conta a agenda abaixo:
Município | Dia da Semana | Horário Atendimento Presencial | Contacto |
Câmara Municipal de Viseu / AIRV | segunda-feira | 10h às 13h | (+351) 232 470 290 |
Câmara Municipal de São Pedro do Sul | segunda-feira | 14h às 17h | (+351) 232 720 140 |
Câmara Municipal de Vouzela | terça-feira | 10h às 17h | (+351) 232 740 740 |
Câmara Municipal de Tondela | quarta-feira | 10h às 13h | (+351) 232 811 110 |
Câmara Municipal de Nelas | quarta-feira | 14h às 17h | (+351) 232 941 305 |
Câmara Municipal de Vila Nova de Paiva | quinta-feira | 10h às 13h (quinzenalmente) | (+351) 232 609 900 |
Câmara Municipal de Penalva do Castelo | quinta-feira | 10h às 13h (quinzenalmente) | (+351) 232 640 020 |
Câmara Municipal de Penedono | quinta-feira | 14h às 17h | (+351) 254 509 030 |
Câmara Municipal de Santa Comba Dão | sexta-feira | 10h às 13h | (+351) 232 880 500 |
Câmara Municipal de Tábua | sexta-feira | 14h às 17h | (+351) 235 410 340 |
Ou através dos seguintes contactos:
Rui Almeida: AIRV – Gabinete de Apoio às Empresas e Autarquias
Email: ralmeida@airv.pt / geral@airv.pt