A sua empresa paga a horas aos fornecedores?

 

Por: Jorge Líbano Monteiro – Secretário-Geral da ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores

 

81,9% das empresas portuguesas não pagam aos fornecedores no prazo acordado (segundo dados da Informa de maio de 2024). Um número da maior gravidade que é acentuado pelo facto da maioria das empresas ter capacidade financeira para fazer esses pagamentos.

A grande maioria das empresas portuguesas não paga no prazo porque não acha relevante cumprir esse prazo, ou não se organizou internamente para cumprir essa obrigação. Na verdade muitas empresas consideram que podem pagar no prazo que consideram “certo” e melhor para a empresa.

Um exemplo desta realidade, é o facto de apenas 3,7% das grandes empresas (com mais de 250 colaboradores) pagar no prazo acordado aos fornecedores, numa demonstração de falta de consideração com os seus fornecedores.

Uma economia onde 81,9% das empresas paga fora do prazo acordado é uma economia “doente”, que cria desconfiança entre os agentes económicos, dificulta as decisões de gestão e investimento e obriga cada empresa, a fazer um esforço suplementar para atingir níveis elevados de produtividade e rentabilidade.

Uma economia onde este facto é aceite como “normal”, onde os decisores económicos ainda acreditam que o atraso nos pagamentos não tem impacto real no desenvolvimento económico e na vida de tantos empresários e trabalhadores, e onde os fornecedores ainda têm “pudor” e “medo” de exigir o pagamento dos serviços e produtos disponibilizados aos seus clientes, é uma economia ineficiente e gravemente doente.

Esta mentalidade de falta de cumprimentos dos prazos acordados, origina em Portugal que, o valor total dos pagamentos em atraso, mesmo tendo diminuído, seja de 68,2 mil milhões de euros. Um valor impressionante que é retirado da liquidez da nossa economia, do planeamento estratégico das empresas e que dificulta o desenvolvimento da nossa economia. Um valor três vezes superior ao valor do PRR português (22,2 mil milhões de euros), que poderia fazer toda a diferença no desenvolvimento das empresas.

Numa altura em que os critérios ESG estão na agenda da economia, obrigando as empresas a serem responsáveis perante o ambiente, as pessoas e as comunidades, é essencial que não se esqueça que o pagamento no prazo é uma obrigação básica da responsabilidade das empresas. As empresas que não pagam no prazo, podendo-o fazer, não deviam poder ter um score ESG positivo.

Não é aceitável que uma empresa que não paga a horas, venho publicitar as suas ações sociais, ou ambientais, procurando dar lições de cidadania empresarial.

O pagamento a horas, é um princípio básico da responsabilidade social das empresas que tem de ser cumprido, é um princípio tão básico como pagar os ordenados no prazo acordado, ou cumprir o prazo de entrega do produto ou serviço prestado.

A falta de pagamentos gera sofrimento nas empresas e nas famílias, é responsável por 25% das falências na Europa, gerando percas financeiras, despedimentos e sofrimento de pessoas e famílias.

É por isso fundamental não sermos coniventes com esta realidade, mas assumirmos uma postura ativa de renúncia e denúncia deste tipo de prática, cumprindo os prazos de pagamento e exigindo o cumprimento desses prazos pelos nossos clientes.

É por isso a hora de assumirmos com coragem esta luta pelos pagamentos a horas. Colocarmos nas nossas empresas este indicador como um referencial base da responsabilidade social, como um sinal de boa organização e funcionamento da empresa, como um critério claro dos Valores e da Honra com que cada um está nos negócios.

Com o apoio da AIRV, da Câmara Municipal de Viseu e de muitas empresas e organizações, de Viseu acreditamos que podemos reforçar esta nova cultura de pagamentos no distrito.

Por isso deixo o desafio para a sua empresa junte-se ao compromisso pagamento pontual em www.pagamentospontuais.org e comece hoje a pagar no prazo acordado!

Jorge Líbano Monteiro
Secretário-Geral da ACEGE – Associação Cristã de Empresários e Gestores

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Programa ACELERAR A ECONOMIA – 60 Medidas para a Economia Portuguesa

 

No dia 4 de julho, o Conselho de Ministros aprovou o PROGRAMA ACELERAR A ECONOMIA, que é composto por 60 Medidas Fiscais e Económicas e, que têm por objetivo, dinamizar e impulsionar o crescimento da economia portuguesa.

Segundo o comunicado do Governo “Esta iniciativa pretende reforçar a resiliência das pequenas e médias empresas (PME), promover a inovação, aumentar a competitividade e estimular a criação de emprego”.

O Programa Acelerar a Economia assenta nos seguintes 5 Pilares Estratégicos:

     1 – Escala, Consolidação e Capitalização: Incentivar o crescimento das empresas portuguesas, criando um ecossistema que possibilite a escalabilidade individual, parcerias e fusões. O objetivo é apoiar empresas de todos os tamanhos, eliminando a distinção entre PME e grandes empresas.

     2 – Financiamento: Melhorar o acesso a recursos financeiros, proporcionando condições vantajosas de financiamento para empresas de vários setores, permitindo-lhes crescer e inovar.

     3 – Empreendedorismo, Inovação e Talento: Focar na valorização do capital humano e do conhecimento científico e tecnológico, apoiando startups e incentivando uma cultura empreendedora, com ênfase em tecnologias emergentes e inovação sustentável.

     4 – Sustentabilidade: Incentivar a adoção de práticas ecológicas e a economia circular em todas as empresas, contribuindo para a proteção ambiental e a sustentabilidade a longo prazo.

     5 – Clusterização: Criar clusters que promovam a cooperação entre empresas, instituições de ensino e pesquisa e governos, aumentando a competitividade e a inovação em setores especializados e mitigando a estagnação do crescimento a longo prazo.

Para mais informações consulte os seguintes documentos:

• ENQUADRAMENTO
• MEDIDAS

GCJF – Gabinete de Consultoria Jurídica e Fiscal da AIRV

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Posto CTT da AIRV

A AIRV acolhe desde 2017 um posto CTT. 

Acreditamos que este, é um serviço imprescindível para as empresas do PIC – Parque Industrial de Coimbrões onde nos inserimos, fazendo todo o sentido ter este serviço nas nossas instalações, no Edifício Expobeiras, cumprindo a nossa missão de apoio ao tecido empresarial da região.

O nosso posto presta todos os serviços de correspondência, permite o pagamento de impostos, de faturas de outros serviços e de portagens. Além disso, pode adquirir, com condições vantajosas, os seguintes serviços:
– Sistema de alarme, fruto de uma parceria com a Prosegur;
– Plano de Saúde CTT e Plano Dental Familiar CTT, que permite acesso a uma vasta rede de prestadores de serviços.

Venha conhecer o nosso Posto e veja as vantagens e descontos que temos para lhe oferecer.